Todos nós quando nos deparamos com essas palavras, conflito e confronto, temos uma ideia mesmo que simplória do que cada uma representa.
Com base nessa ideia que temos sobre esse assunto, quero iniciar fazendo algumas perguntinhas importantes que devem ser feitas para reflexão de um futuro gestor (a). São elas:
Como gestor de uma equipe, é possível evitar conflitos e confrontos no ambiente de trabalho? Será que buscar evitá-los a todo custo seria realmente saudável?
Para que você consiga refletir ainda mais sobre esse assunto, vamos pensar agora no contexto familiar.
O contexto familiar é muito parecido com o contexto organizacional, no sentido de que, é fundamental que diariamente venhamos a manter relacionamentos saudáveis com as pessoas à nossa volta.
Por essa razão faço uma nova pergunta:
É possível evitar 100% o surgimento de conflitos e confrontos dentro da família?
Bom, pelo menos dentro da minha família e, na minha realidade, posso afirmar que isso não é possível!
Acredito que os conflitos só devem ser evitados quando tendem a produzir confronto.
Isso mesmo!
O conflito nem sempre é negativo, e afirmo isto porque nos relacionamentos familiares, por exemplo, o fato de discordar de alguém sobre algum assunto ou de me posicionar na defesa dos meus princípios e valores, quando estes são afrontados, poderá conduzir o outro à empatia, a enxergar de forma diferente a situação que está sendo exposta, e assim, contribuir para que esse outro consiga entender determinados comportamentos, ditos como anormais, que possam estar havendo nesse contexto.
Dessa forma, esse tipo de conflito, o qual consideramos como saudável, poderá ser usado para quebrar o ciclo vicioso das “guerras silenciosas” que normalmente acontecem dentro das famílias.
As mágoas e os rancores fazem parte da munição que é utilizada nessa guerra e que no fim produzem apenas destruição.
Entendendo dessa forma, podemos voltar à ideia que estamos tratando aqui, para o contexto organizacional.
É importante ter ciência que os conflitos, assim como na família, também poderão ser benéficos no contexto de trabalho, desde que sejam bem gerenciados!
Diante disso, é importante dizer que, mesmo os conflitos sendo bem gerenciados, ainda assim, eles vão produzir desconfortos, divergência de opiniões, falta de concordância e impasses. No entanto, eles também poderão produzir uma visão diferente e inovadora a respeito de algo que possa ser muito importante para a organização.
Dessa forma, é fundamental entender que não se deve tentar impedir 100% os conflitos de acontecerem, esse esforço só é válido quando o conflito tender a caminhar para o confronto.
O confronto, por sua vez, acontece quando as pessoas se encontram com as emoções afloradas, sendo que, nesse momento de confronto, é o momento que surgem as brigas, as desordens, as confusões e os tumultos.
Essas coisas não produzem benefício algum e, por essa razão, devem ser combatidas com todo esforço possível.
Para finalizar deixo aqui uma dica simples para um bom gerenciamento de conflito: Colabore.
Isso mesmo, colabore.
Como gestor, o seu papel é o de colaborar com a sua equipe, para que haja resolução dos conflitos no ambiente de trabalho, por isso, seja um mediador, ouça, dê sugestões, pense em conjunto com os envolvidos no conflito, para que seja possível entender a situação e elaborar a forma mais adequada para solucionar o problema em questão.
Lembre-se que, duas cabeças pensam melhor que uma, na grande maioria das vezes ;)
Sobre a Autora: Luciani Lucas é Professora, Especialista em Gestão de Pessoas; Analista comportamental e Palestrante.
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E-mail: Luciani.lucas@hotmail.com
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