A revolução da Inteligência Artificial no recrutamento ainda tem muito o que aprender.


Por: Ricardo Azenha Loureiro Albuquerque

Publicado em: 10/08/2023

Outro dia, enquanto navegava pelo LinkedIn, me deparei com uma postagem intrigante. Uma recrutadora compartilhou uma experiência bastante peculiar que teve ao configurar um famoso site de recrutamento que utiliza Inteligência Artificial para analisar currículos.


Ela estava configurando os critérios de uma vaga no site, incluindo perfil e exigências técnicas, e decidiu usar seu próprio perfil e habilidades como referência, já que a vaga seria para uma posição semelhante à que ela ocupava. Ao finalizar a configuração, surgiu uma curiosidade: como a IA avaliaria seu próprio currículo, considerando que as habilidades e o perfil cadastrados eram exatamente os mesmos que ela possuía?


Para sua surpresa, ao preencher o currículo com suas próprias informações, a IA identificou apenas 34% das exigências solicitadas. Isso significa que, mesmo com a recrutadora preenchendo o currículo com suas próprias habilidades e experiências, que eram exatamente o que a vaga demandava, a IA não conseguiu estabelecer a correspondência adequada.


Isso me fez refletir sobre a eficácia da Inteligência Artificial no recrutamento e seleção!


Se a IA não consegue identificar a correspondência entre um candidato perfeitamente qualificado e uma vaga, quão eficiente ela pode ser na identificação de candidatos adequados para outras posições?


Fico pensando em quantos currículos e profissionais qualificados estão aí, sem colocação no mercado por conta de uma decisão que, pode ser, na maioria das vezes, equívocos do algoritmo que funciona nas IA. Quantos talentos estão sendo ignorados ou mal interpretados por uma máquina que ainda não consegue compreender completamente as nuances e complexidades do perfil humano?


Embora a IA possa oferecer muitos benefícios em termos de eficiência e velocidade no processo de recrutamento, essa experiência me fez perceber a necessidade de aprimorar a capacidade da IA de entender e interpretar corretamente as exigências de uma vaga e as informações de um currículo.


Portanto, enquanto a IA continua a ser uma ferramenta promissora no campo do recrutamento e seleção, é evidente que ainda há espaço para melhorias. Essa experiência serve como um lembrete de que, apesar de ser uma ferramenta útil, a IA ainda tem limitações que precisam ser reconhecidas e superadas.


Sobre o Autor: Ricardo Azenha é graduado em Administração, Mestre em Engenharia de Produção 

com ênfase em Gestão de Negócios, Especialista na Dinâmica dos Grupos e possui diversos cursos de extensão e um profundo amor pela docência. Há mais de dez anos, leciona disciplinas na área da Administração e, atualmente, se dedico, exclusivamente, à UniCesumar.

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